o lado B da web 2.0: e quem está fora?

vou direto ao ponto:

  • quem não está na web 2.0?
  • quem está, afinal, na web 2.0?

duas questões que são incômodas, ao menos pra mim. afinal… nem todo mundo tem tempo pra N redes sociais e N twitters/jaikus/pownces/plurks. aliás… por que algumas pessoas têm tanto tempo assim pra isso? e quem são essas pessoas?
ouça aqui algo que eu adoraria que muita gente estivesse ouvindo, mas que não ouvem podcasts nem sabem o que é isso

o lado B da web 2.0: você está cercado

o George Orwell errou: não temos um Big Brother Watching You. temos uma multidão de little brothers seguindo você por toda parte.
tempos atrás, antes do que chamamos de web 2.0, voce podia fazer parte de um ou outro grupo online e pronto. e usar um ou outro messenger. em cada “lugar” desses você podia se comportar como lhe aprouvesse: mais formal em um, mais informal em outro, etc.
hoje alguém pode acompanhar o que você publica no twitter, no blog, em N comunidades, na TV, radio, etc… e por mais que em cada um você aja de uma maneira que te convém, as pessoas que fazem esse “buffet self-service” da tua vida online vão te cobrar… uma coerência impossível.
ouça um fragmento de pensamento de quem está convivendo dia a dia com diferentes mosaicos de si mesmo

o lado B da web 2.0: o mito da conversa

eu volta e meia escuto a conversa que tudo é conversa: marcas são conversações, empresas são conversações, internet deve ser uma conversação… ok, a idéia é inspiradora e poética, mas será que se não precisamos conversar mais a respeito?
quando uma conversa é realmente uma conversa? se o James Joyce fosse conversar com os críticos a cada capítulo… teria escrito Ulisses? você prefere ir a um restaurante com um cardápio surpreendente e inovador ou prefere pedir pra ele fazer a comidinha que você comia em casa? quando uma conversa é real e quando é fingida?
ouça um monólogo rápido de quem ainda acredita que diálogo é tão valioso que não podemos ser levianos com o termo